domingo, 31 de dezembro de 2000

Henshin! Nasce uma Era (Parte Final)



Para comemorar o 35º aniversário da franquia, chega em 2006 o Kamen Rider Kabuto. Apagar o “incêndio” provocado pelo Hibiki, e manter seus patrocinadores, era uma obrigação, para salvar a franquia. Então não foram poupados esforços para tornar esse um dos mais empolgantes Riders de todos (até o momento). De cara, foi contratada uma equipe de cinema, para ser responsável pelos efeitos especiais da série, a produção e direção foi a mesma de Kamen Rider Black e RX, dando a Ishinomori Productions, mais liberdade com o personagem. Volta o “Henshin” ao se transformar, a utilização do cinto, etc., e mais uma “pá” de Riders: sete, ao todo. A grande sacada de Kabuto, sem dúvida, são os efeitos especiais. Desde a utilização do processo de CAST OFF (quando sua blindagem é “desfeita” para assumirem a forma Rider), à utilização do dispositivo CLOCK UP, o acelerador de tempo que permite um movimento em altíssima velocidade, causando a impressão de que tudo ao redor está parado (muito show) e o personagem principal ter um estilo anti-herói (pois nem sempre ele tem atitudes heroicas, por assim dizer – o cara é arrogante mesmo), já vale muito para assistir a série. Kabuto veio para a alegria da Bandai e dos fãs. Pra quem ainda não assistiu, eu recomendo!

Bem, agora falarei de um Rider que, pessoalmente, não me empolgou. Kamen Rider Den-o (2007) é uma série até engraçada, tem umas atrizes muito bonitas, mas pra quem esperava os efeitos especiais que tinha em Kabuto, esqueça! Sem falar no estilo da roupa (armadura) Rider, que é, digamos, no mínimo estranha... Mas a série manteve uma boa audiência no Japão, agradou a criançada, vendeu bonecos e só. Não é fraca, mas não é maravilhosa. Agora, em 2008, Kamen Rider Kiva veio para saciar os fãs carentes de Kabuto. Com um clima mais sombrio, uma história mais adulta e inteligente, e um design muito bacana de seu uniforme, Kiva foi uma série que agradou a muitos fãs. A abertura é um ponto forte, a história muito boa, onde, na verdade, são duas histórias em dois tempos diferentes (em 1986 e em 2008), e embarca (mais ou menos) na “onda” de vampiros e lobisomens. Recomendadíssimo!

Ao final de Kiva, houve uma grande expectativa sobre seu substituto. Muitas especulações sobre design, estilo, enredo, etc., já que seria a comemoração dos 10 anos de Kamen Rider da era Heisei. Ao ser divulgado seu nome e sua imagem, para a surpresa de muitos, o Kamen Rider Decade era... Rosa. Muitos detestaram, outros achavam que, pela primeira vez, seria uma mulher a protagonista, uns gostaram, uns falaram que ele era... bem, deixa pra lá, enfim, foi um “tititi” só. A verdade é que Decade veio pra sacudir geral o universo Rider. Independentemente de seu visual, que a uns agradou e a outros não, o ponto forte da série é sua história, que se passa nos mundos dos Riders anteriores (da era Heisei), onde, para salvar seu mundo, Decade adquire o cinto DecaDriver, que possui dados dos antigos Riders, mas para conseguir acessar estes dados por completo, ele precisa dos cartões perdidos nos mundos paralelos. São nove mundos que estão se convertendo em um, sendo certa a destruição de todos. Sua missão: desafiar todos os Riders destes mundos e adquirir seus poderes! Inicia-se assim, a grande batalha da era Heisei. O mais empolgante da série é que Decade pode assumir a forma de todos os seus predecessores, e também fazer estes Riders se transformarem em armas para ele. Esta mini série foi realmente uma febre, um sucesso total no Japão, e mesmo com os novos Riders pós Decade, o mesmo ainda aparece em muitos filmes da franquia. Lembrando que o final é explosivo e surpreendente.

Após Decade, a Toei decidiu fazer uma reformulação da franquia. A partir da agora, as séries irão estrear em meados de agosto/setembro, mudanças por questões de faturamento (lógico), a falta de continuidade também foi um problema apontado pelos “engravatados” da empresa, já que isso reflete no faturamento (muitos gostam e consomem produtos do Kuuga, mas não do Blade, etc.). Então é escolhido Hideaki Tsukada (de Dekaranger, Magiranger e Gekiranger), como novo produtor da franquia. Foi produzido o filme: All Rider VS Dai Shocker, para selar esta “transição” para uma nova fase. O filme foi uma grande “Suruba Rider”, misturando a era Shõwa e Heisei, em um filme de um pouco mais de 1 hora. Nele, é apresentado o Kamen Rider W (que dá uma senhora surra no épico Shadow Moon). Pronto, a aparente dupla personalidade e a visível força do personagem agradaram em cheio os fãs. Com o lançamento de Kamen Rider Double, ou W, como queiram (2010), a perspectiva de um personagem forte se concretizou, mas não havia uma dupla personalidade, mas sim dois protagonistas que se transformavam em W, o lado esquerdo, Shôtarô Hidari (um detetive ora arrogante, ora atrapalhado) e o lado direito, Phillip (outro detetive, que tem uma super inteligência, mas uma aparência meio... excêntrica). Resumindo: os personagens são totalmente opostos, o que é um atrativo a mais na série, já que eles precisam um do outro para se transformar em W.

No mesmo ano, em setembro de 2010 (como era a proposta da Toei) estreia Kamen Rider 000 (Õzu), Hino Eiji é um homem sem ambição alguma na vida, quando encontra Ankh, um Greed que lhe entrega, sem muita razão, um cinto e mais três medalhas (Core Medals) para enfrentar os outros Greeds e seu Yumis, que se alimentam dos desejos dos humanos. Ankh consegue materializar apenas seu braço direto, até tomar posse do corpo de um policial que está quase morrendo. Õzu tem uma história muito bacana, os personagens são cativantes, com cenas de ação e efeitos especiais muito bons. O atual Rider (lançado em setembro de 2011, e ainda em produção), é o Kamen Rider Fourze, o de número 40 da franquia (sendo que “Fouze” ou “Four-Zay” significa quarenta). A série comemora os 40 anos de Kamen Rider, e que terá seu ápice no filme Super Hero Taisen, onde haverá o encontro de todos, eu disse TODOS os Riders, em uma batalha épica contra as 36 equipes Super Sentai. Tem tudo pra ser o filme do ano para os fãs de tokusatsu.


Change Pegasus


Curiosidades:

- Em todos os mundos que chega, Decade é chamado de demônio, mas ninguém explica o por que.

- Os fatos decorridos em Decade (com outros Riders) explicam alguns detalhes que ficaram meio que sem sentido, pra quem assistiu as séries anteriores.

- Em Kamen Rider Decade, é “consertado” o polêmico final do Kamen Rider Hikibi.


- Kamen Rider Black RX aparece nesta série (Decade) com o mesmo ator original da decada de 80 (Tetsuo Kurata).

- Em Kamen Rider W, a palavra Hidari (nome do personagem) significa esquerdo, o mesmo lado de sua transformação.

- Na concpção original de KR Double, o personagem seria interpretado por apenas uma pessoa, Shôtarô. A outra parte seria um espírito, o de seu falecido senpai. Ainda bem que não vingou...

-O título Kamen Rider OOO, significa as três medalhas que o principal Kamen Rider usa para se transformar, além de ser representante do símbolo do infinito com um círculo adicional.

- O episódio 28 de Kamen Rider OOO serve como o episódio de número 1000 das Kamen Rider Séries, desde que estreou, em 3 de abril de 1971. O episódio foi originalmente programado para estrear em 27 de março de 2011. No entanto, devido ao Tsunami que atingia o Japão em 2011, a exibição do episódio foi adiada em uma semana, para o dia 03 de abril de 2011.

- Uma última curiosidade da era Shôwa: O episódio mais visto na história das séries no Brasil foi o "Renascimento dos Sacerdotes" (Episódio 36 de Kamen Rider Black), onde pela primeira vez, a Rede Manchete vence a Globo (no Show da Xuxa). O episódio era o retorno triunfante dos sacerdotes destruindo Tóquio.

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