domingo, 31 de dezembro de 2000

Henshin! Nasce uma Era (Parte 2)

Henshin! Nasce uma Era (Parte 2)

No início do século XXI a franquia Kamen Rider volta com força total! E o mais novo Rider é o Kamen Rider Kuuga, trazendo com ele uma série de novidades. É um novo conceito, com histórias recheadas de mistério, drama, viradas inesperadas, etc. Era o início da era Heisei que chegava pra ficar.

Kuuga foi produzido com uma grande expectativa de seus produtores, além de ser a primeira série produzida após a morte de seu criador (Shotaro Ishinomori). Foi ao ar em 30 de janeiro de 2000, com colaboração entre a Ishinomori Productions e a Toei, sendo exibido na TV Asashi. Com uma trama envolvendo um ambiente mais “pesado”, novas características (como o uso de armas e equipamentos tecnológicos), uma abertura empolgante e efeitos especiais mais modernos, Kuuga tornou-se um enorme sucesso no Japão. O mais interessante em Kuuga eram as suas formas de transformação, que utiliza vários elementos (água, fogo, terra, etc.), e eram desenvolvidas por seu cinto no decorrer de suas lutas (é empolgante, vale conferir). Surgia assim a mais nova faceta dos novos Riders, sua evolução, do personagem, no decorrer da série.

A continuação não tardou, e em 2001, chega a sequência (indireta) de Kuuga: Kamen Rider Agito. O mais interessante é que, mesmo que este novo universo Rider não esteja ligado um ao outro (já que cada herói surge como se nunca houvesse existido outro Rider anteriormente), Agito segue a mesma linha de seu predecessor, pois a equipe de polícia é a mesma de Kuuga, sendo que no episódio 2, o chefe de polícia menciona que Agito se parece muito com o "Número 4" (pseudônimo usado pela polícia para identificar Kuuga). Um dado interessante em Agito: é a primeira série do gênero a mostrar mais de um Rider, e que são diferentes entre eles, pois Agito é um Rider místico (ganha poder através de ancestralidade e métodos místicos), Gills é um Rider orgânico (que muda sua anatomia para se tornar um Rider), e G3, um Rider cibernético (que utiliza alta tecnologia para se transformar).

Em 2002 surge Kamen Rider Ryuki, o primeiro Rider sem características de um inseto: ele tem seu uniforme (armadura) inspirado em um dragão. Foi também quando a Bandai comprou parte da franquia e passou a investir mais na série. Um dado interessante de Ryuki é que na série existiam nada mais nada menos do que 12 Riders. Isso mesmo, doze! Alguns fãs mais velhos detestaram, já os mais jovens adoraram esta "inovação". O sucesso foi tanto, que a empresa Adness Entertainment, aproveitou Ryuki para fazer igual aos Power Rangers (ai meu Deus...), e produziram o Kamen Rider Dragon Knigth.

READY... EXCEED CHARGE! Agora vem um dos Riders mais poderosos da nova era: o Kamen Rider Faiz (ou 555). Tecnologia é o que não falta nessa série, efeitos especiais muito bons, uma trilha sonora excelente e uma história envolvente são os pontos positivos que já classificam esse Rider como um dos melhores da era Heisei. O “Rider kick” dele é uma coisa de louco, vale muito conferir esta série. Teve um enorme sucesso no Japão em 2003, e alavancou a venda de celulares; ha, ha (quem assistiu vai entender a piada). Kamen Rider Blade, de 2004, seguiu o ritmo de sucesso, sendo considerado um dos melhores Riders também. O Tema é baseado nas cartas do baralho, onde existem quatro heróis (um naipe para cada), mas posteriormente aparece um coringa (Joker). O ponto forte da série é seu final surpreendente, emocionante e inesperado.

Agora vamos ao Rider que deu mais polêmica para a franquia: Kamen Rider Hibiki. Essa história é longa e muito curiosa, pois houve mudanças no decorrer da série. De roteiristas a produtores e escritores, cabeças rolaram! Uma “dança do crioulo doido” geral. O próprio protagonista da série publicou em seu site na internet que os roteiros de Toshiki Inoue e Shouji Yomemura (substitutos de Tsuyoshi Kida e Shinji Ooishi) "necesitavam de ajustes" e que toda a mudança de equipe era "fraudulenta", uma “zueira” só. Foi o Rider que recebeu mais críticas da mídia japonesa também (em especial produtores, diretores e críticos de televisão e cinema). Em uma entrevista publicava na página da TV Asashi, Shigeki Hosokawa (Hibiki) declarou que o roteiro da série foi reescrito no último dia de filmagem, revelando que o script final chegou ao set no momento em que a batalha final estava sendo filmada. Que coisa hein?! Falando sobre a série, a Toei “inovou” demais em algumas coisas, que desagradaram alguns fãs e a outros não. Lá os Riders são chamados de Onins (Onin pode ser traduzido como demônio, diabo, ogro ou um tipo de espírito), possuem uniformes bem diferentes dos Kamen Riders anteriores e não falam “HENSHIN” para se transformar. Uma opinião? A série é bacana, tem uma história legal, mas muitos não a veem como uma franquia Rider.

Na próxima semana termino essa série sobre Riders falando sobre Kabuto, Den-o, Kiva, etc., e o polêmico Decade! Até lá!




Kleber João Amorim (Change Pegasus)



Curiosidades:

- Kuuga foi Escrito por uma "carrada" de escritores, que desenvolveram o enredo de acordo com uma pesquisa popular.

- G3 (de KR Agito) foi criado baseado em Kuuga (sua armadura tem uma leve semelhança com a Mighty Form de Kuuga). Apesar dos dois viverem no mesmo universo, Kuuga e Agito nunca se encontraram. "Agito" é uma palavra em latim que significa: "Sempre em movimento", uma alusão à natureza evolutiva do Kamen Rider em questão.

- Ryuki ficou famoso pelo grande número de vendas dos seus actions figures (brinquedos), a final foram 12 riders na série. A Bandai deve ter adorado isso hein?!

- Faiz é chamado de 555 por este ser o código de sua transformação discado em seu celular.

- Em janeiro de 2006, após o final da série Kamen Rider Hibiki, no Kamen Rider Super Live, Hosokawa (protagonista) declarou que a série foi "essencialmente um processo incompleto" e que "não deveria ter acabado daquela maneira". O ator Mitsu Murata, intérprete dos personagens Douji, publicou em seu blog: "Eu não os perdoo. Eu quero continuar a ideia dele!", referindo-se à remoção do produtor que iniciou a série . Isso resultou em uma turbulência sem precedentes no mercado tokusatsu, na medida em que muitos executivos da Toei foram severamente criticados pela mídia por terem permitido que uma série fosse tratada dessa maneira.

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